domingo, 3 de abril de 2011

as baladas

Pensava em minha santa ignorância que a época das baladas custaria a chegar aqui em casa... ledo engano! Sexta-feira que passou, foi a primeira de muitas que virão! Depois de uma negociação prévia sobre que horas voltar, lá se foi meu bebê, gatinha  linda da mamãe... snif! Vestiu uma saia roxa com mini formigas pretas, meia calça preta e um tênis cano alto, toda it girl.
Enquanto a mocinha se divertia na festa, eu e o marido esperávamos o tempo passar, enquanto assistimos toda a programação que tinha na tv... e as horas passavam a passos de lesma! Só mesmo o craft prá me ajudar a distrair o pensamento!!!!!!
A 01:00h do sábado, lá estávamos nós, estacionados em frente à balada. Ela chegou meio triste, algumas amigas ainda seguiram a noite, mas, para nosso coração, aquele já era um horário prá lá de bom!
Disse ela que semana que vem tem outra balada. Ai...

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Pára, tempo!

     Depois de uns três anos  ouvindo queixas de que as unhdos pés doíam sem parar; de ser xingada por não cortar as unhas da forma como devia (cada um tem uma receita que não funciona) e peregrinar por todas as manicures/podólogas que me indicavam, essa semana meu bebê foi para o bloco cirúrgico, prá resolver o assunto. O nome do procedimento é cantoplastia, e foi feito no Hospital Santo Antônio, um excelente hospital infantil do complexo Santa Casa de Porto Alegre. No início ela hesitou em ser atendida lá (afinal, 12 anos é quaaaase uma mocinha!), mas depois bem que curtiu o atendimento super especial. Ainda no balcão de atendimento, o moço, muito atencioso, pediu os documentos da "criança", eis que ela abre uma bolsa de cupcakes, e com suas unhas azul turquesa alcança a identidade e cartão do convênio médico., achando tudo aquilo, verdadeiramente, um micão!

     Bem, toda e qq visita a um hospital sempre carrega um pouquinho de tensão; anestesias são sempre preocupantes e quando se trata de nossos filhos, não há como não sofrer por eles. Para acompanhá-la na sala de recuperação, foi-me pedido para vestir o "kit assepsia", e lá estava eu de camisolão listrado, e aquela touquinha de fazer quem vê sentir vontade de chorar. Ainda bem que não havia nenhum espelho por lá, assim a gente sabe que está horrorosa sem ver com os próprios olhos!

     Ela, numa nervosíssima espera, tentava falar ameninades com os olhos cheios d'água... foi o momento de eu mostrar que aquilo, aquele modelito pré bloco cirúrgico, é um mico prá quem não está acostumado com vida de hospital. Assim, agora é éla quem me deve "o micão" da semana, e bobagens à parte, foi a forma que encontrei de fazê-la sorrir, meio sem graça no olhar cheio de angústias.


       Minhas filhas cresceram  sem que eu notasse, acho que não me dei conta quantos feriados de Páscoa, de Natal, dias das crianças e aniversários se passaram, sempre muito festejados, mas sem que eu pudesse notar que o tempo escapou em minhas mãos, e meu bebê já tem pernas quase tão compridas quanto as minhas!

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

começando pelo início...

                Há mais ou menos seis anos atrás, quando as meninas ainda eram pequenas, comentava alguns acontecimentos familiares para um amigo querido, quando ele me sugeriu escrevê-los, para não esquecer. Não segui sua sugestão, infelizmente, e deixei o tempo levar alguns bons momentos e comentários das pequenas, que cresceram muito mais rápido do que eu gostaria. O tempo passou, a caçula hoje tem 9 anos e mais velha adolesceu. (agora fiquei numa dúvida cruel: existe esse verbo "adolescer"? Pesquisa feita, verbo confirmado). De qq forma, criei esse blog para contar um pouco minhas aventuras como "mãe-de-adolescente-de-primeira-viagem".

             Costumo dizer que, se tivesse um terceiro bebê, Deus poderia me dar outra menina! Adoro ter filhas mulheres; pude sempre cuidá-las e curtí-las com todas as frescurinhas que não me permito ter, por questões de estilo e vontade. Parceiras para todas as horas, minha dupla feminina é linda e mimosa! Mas, nos últimos tempos, a doçura deixou uma lacuna, e a filha mais velha começou a me questionar sem perdão, numa disputa "filha X mãe" incessante. Com os hormônios em doses malucas, o humor sobe e desce sem avisar, tampouco me dar tempo para respirar.  É claro que já tive 12 anos, e também adolesci. Mas, naquela época, havia um componente bem especial, que é bastante raro atualmente: o respeito.

            Dia desses, cheguei em casa verdadeiramente exausta, e, esperando ser recebida com beijinhos e afagos. Logo de início, ninguém sequer me olhou, e quando pedi atenção, levei uns coices verbais (como é uma palavra bem gaúcha, traduzo: coice seria uma pancada para trás de certos quadrúpedes). Tentei uma breve DR, mas foi em vão. Discutir a relação não teve vez, o jeito foi  sair prá casa de uma vizinha nem tão vizinha assim - minha mãe, que passava uns dias na capital gaúcha. Essa foi a forma de eu ter uma noite de paz em frente à tv, com direito a sossego e cafuné.

            Diante dessas situações, é comum me sentir verdadeiramente perdida. De repente deixei de ser um exemplo para ser uma "inimiga", e esse papo é bem complicado e pesado ao mundo hormonal feminino!

            Em visita à última feira do livro, minha busca foi aos títulos de autoajuda para mães e adolescentes. Ai que horror... ao começar a leitura me dei conta que tudo (quase tudo) o que eu fazia ou falava estava  errado ou  criticado pelos conhecedores do assunto. Mas não devo ser a única mãe de adolescente do mundo... e isso é o que me conforta!  E assim, vou levando a vida; tento melhorar  como mãe, me equilibrar nos momentos em que dá vontade de sacudir minha adolescente, ou, no mínimo, não me sentir culpada se rolar um castigo! Mas um fator bem sério aproxima-se:  a filha ainda criança está entrando na pré adolescência, e  lentamente já  desafia meus limites!


           Críticas ou sugestões serão super bem-vindas por e-mail!